ILCOR divulga as novas diretrizes de RCP (Ressucitação Cardiopulmonar)

Data: 19/10/2010 / Fonte: Redação Revista Emergência
Foto: Beto Soares / Estúdio Boom 

Nessa segunda-feira, 18, foram publicadas as novas diretrizes de RCP (Ressucitação Cardiopulmonar) estabelecidas segundo consenso do ILCOR (Aliança Internacional dos Comitês de Ressussitação), entidade que congrega as principais organizações da área no mundo. Publicadas pela AHA (American Heart Association) e pelo ECR (Conselho Europeu de Ressuscitação) as diretrizes, por enquanto, estão disponíveis apenas em inglês. No Brasil, a publicação ocorrerá até novembro, pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

 A principal ênfase das novas orientações está na compressão torácica. Desde 1996, profissionais eram orientados a seguir o ABC da ressuscitação, prevendo o uso de insuflações como primeira ação. Agora, as diretrizes recomendam que a ordem do socorro atenda à sigla CAB, que significa, em inglês: compressão, vias aéreas e respiração. É recomendado que, diante de uma pessoa inconsciente e que não respira, o leigo peça a alguém para telefonar para o 192 e inicie imediatamente a compressão do peito, isso é, a massagem cardíaca.

 Durante a conferência do conselho do ILCOR, realizada em fevereiro nos Estados Unidos, foram debatidas as mudanças baseadas em evidências científicas para atualização das diretrizes. Ao alcançar um acordo sobre as declarações da ciência, o ILCOR formulou diretrizes que orientam as condutas em Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida em atendimento à PCR (parada cardiorespiratória).

 Em entrevista dada à Revista Emergência na edição 23, Sergio Timerman, doutor em Cardiologia, membro do ILCOR e da AHA, ressaltou  a importância das recomendações que confirmam a segurança e a efetividade das abordagens atuais, reconhecem outras abordagens como ineficientes e apresentam novos tratamentos resultantes da avaliação baseada em evidências. Também lembrou que os cientistas do ILCOR e organizações-membro consideram que as novas recomendações sejam mais eficientes e as intervenções mais fáceis de serem aprendidas do que o baseado no conhecimento atual, pesquisas e experiências.

O consenso e as diretrizes da AHA e ECR podem ser visualizadas no  site do ILCOR: http://www.ilcor.org/en/news/news-archive/new-guidelines-2010-now-available


Pontos gatilho devem ser avaliados por médico do Trabalho

Data: 18/10/2010 / Fonte: Revista Proteção

Ponto gatilho é um problema pouco estudado no Brasil, apesar de ser uma entidade muito prevalente. A associação com o DME (Distúrbio Músculo-esquelético) e DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) existe e, mesmo as­sim, a relação entre esses assuntos é pouco citada por médicos em trabalhos científicos.
O ponto gatilho possui alguns padrões de acometimento conhecidos e, em decor­rência disso, pode-se afirmar que ele é responsável por grande parte dos pacientes com dor crônica, pacientes com do­enças do trabalho, esportistas e alguns ca­sos de pessoas com dores agudas ­intensas.
Ponto gatilho, tradução de Trigger Point, consiste em um ponto irritável, associado a um nódulo hipersensível, palpável, localizado em uma faixa tensa do músculo, que pode gerar dor referida. Os músculos mais acometidos são os músculos posturais do pescoço, da cintura esca­pular e da cintura pélvica. Os músculos afetados tornam-se, geralmente, mais en­curtados e enfraquecidos.
Esses nódulos hipersensíveis podem acometer um ou mais músculos e o tecido conjuntivo relacionado, podendo culminar em limitação de movimento, dor, fra­queza muscular e até disfunções auto­nômicas. Eles geralmente são localizados nas partes dos músculos que se encontram mais predispostos ao estresse mecânico, perto, constantemente, das ori­gens e inserções musculares.
Pontos gatilho podem ser localizados não apenas em músculos, mas em diversas outras estruturas. Nesse sentido, um ponto gatilho miofascial deve ser diferenciado do tipo cutâneo, ligamentoso, pe­rios­teal ou qualquer ponto gatilho que não seja muscular.
Vários fatores podem estar associados ao surgimento da lesão. Os pontos gatilho podem ser ativados de forma direta ou indireta. A forma direta ocorre quando há fadiga de abuso, trauma de impacto direto, sobrecarga aguda e radiculo­pa­tia. A causa mais comum da forma direta de ativação do ponto gatilho é a sobrecarga aguda. Já a forma indireta ocorre quando um ponto gatilho pré-existente ativa, em um outro local, uma nova lesão. Nessa forma ainda podem ser citadas doença visceral, distúrbio emocional e artrite articular.
Diversos tratamentos são documentados na literatura fazendo referência ao ponto gatilho. Entre eles encontram-se a massagem fisioterápica, estimulação elétrica transcutânea, calor úmido, criotera­pia, infiltração anestésica (com procaína ou lidocaína), ondas curtas, ultrassom e uso de medicação miorrelaxante de ação central.
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Caso Paulínia chega ao Tribunal Superior do Trabalho

Data: 18/10/2010 / Fonte: Revista Proteção
Foto: MPT Campinas

Mais um capítulo no caso da contamina­ção causada pela Shell/Basf em Paulínia/SP. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) reduziu o valor da condenação em caráter liminar, de R$ 1,1 bilhão para R$ 100 milhões. As empresas tinham sido condenadas pela Justiça do Trabalho local, decisão mantida pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Agora cabe ao TST julgar o mérito da questão e chegar a uma decisão final.
A história iniciou no final dos anos 70, quando a Shell instalou uma indústria química no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Em 1992, a planta foi vendida para a multinacional Cyanamid, que por sua vez foi adquirida pela Basf. A empresa funcionou na cidade até 2002. A contaminação ambiental começou a ser discutida nos anos 90. Uma consultoria ambiental internacional, contratada pela Shell, apurou a existência de contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Em 2005, o Ministério da Saúde fez um relatório em que indicou o risco de diversas doenças para os trabalhadores.
A condenação dada pela Justiça do Trabalho de Paulínia obriga as empresas a custearem o tratamento médico de todos os ex-trabalhadores da unidade de fabricação de agrotóxicos no bairro Recanto dos Pássaros em Paulínia, desde a década de 70 até o ano de 2002. Os filhos de empregados, autônomos e terceirizados que nasceram durante ou após a prestação de serviços também são abrangidos pela decisão.
Cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido durante ou depois da prestação de serviços também deverá receber indenização de R$ 64.500. As empresas ainda foram condenadas ao pagamento de indenização por danos morais causados à coletividade no valor de R$ 622.200.000 reversível ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Na data da sentença, o valor com juros e correção já estava na casa dos R$ 761 milhões.

O TST decidirá o capítulo final dessa história. Para a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, a expectativa é de que esses valores iniciais sejam mantidos. "A revisão é a título provisório e alte­rou o valor para fins fiscais. A alteração vi­sa possibilitar o recurso. Não vejo como sinalização do mérito", avalia a procura­dora Márcia Kamei López. Para recorrer, as empresas teriam que recolher 2% da condenação para custas processuais. Com a redução para 100 milhões, o valor do recolhimento diminuiu.

Médico do Trabalho aborda introdução da SST no serviço público

Data: 11/10/2010 / Fonte: Revista Proteção

Foto: Valdir Lopes

O médico do Trabalho e sanitarista Sérgio Antônio Carneiro está à frente de um grande desafio: implementar a saúde e segurança no Serviço Público Federal. Abrangendo mais de 250 órgãos e cerca de 540 mil servidores em todo o País, a iniciativa procura fazer aquilo que ainda não foi cumprido por nenhum governo: garantir condições adequadas de saúde e segurança aos seus empregados. O projeto quer colocar um ponto final na contradição existente até hoje em que o governo cobra das ­empresas privadas o cumprimento das normas de SST e a melhoria dos seus ambientes de trabalho e não dá o exemplo dentro de casa.

O médico Sérgio Antônio foi convidado para abraçar a causa que está sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento. Atuando desde 1990 na implantação dos centros de referência em saúde do trabalhador, no Município e no Estado de São Paulo, e, depois, dirigindo o Departamento de Saúde do Servidor da Prefeitura de São Pau­lo, o especialista e mestre em Saúde Pública, deixa claro que "foi criada uma sustentação legal e uma estrutura, mas, o que pode garantir realmente a iniciativa en­quanto política de Estado é o envolvimento dos servidores e dos órgãos com a questão".

Sérgio tem 51 anos, é natural do Rio de Janeiro, mora com sua família atualmente em Brasília onde é diretor do Departamento de Saúde, Previdência e Benefícios do Servidor, órgão da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Diálogo Diário de Segurança - DDS

  • Objetivo
Criar, desenvolver e manter atitudes prevencionistas na Empresa, através da conscientização de todos os empregados.
  • Onde é feito:
Tem corno foco principal a realização de conversações de segurança nas áreas operacionais, possibilitando melhor integração e o estabelecimento de um canal de comunicação ágil, transparente e sincero entre Chefias e Subordinados.
  • Quando é feito:
Os DDS são reuniões rápidas de aproximadamente 5 a 10 minutos realizadas diariamente no local de trabalho para discutir assuntos relativos aos riscos e prevenção dos mesmos, bem como discutir acidentes e incidentes ocorridos.
  • Onde é feito:
A responsabilidade pela execução da DDS é do Líder/Supervisor, registrando diariamente o tema da DDS com as assinaturas da equipe no impresso padrão. 
  • Como é feito:
Em reuniões com o grupo de trabalho, escolhendo um dos temas e fazendo a leitura em alta voz, procurando ser objetivo na explanação, ou conversando sobre outro tema específico.
  • Benefícios para os empregados:
• Valorização da Vida;
• Maior responsabilidade / comprometimento com a segurança;
• Estímulo à cultura de prevenção;
• Melhoria da comunicação interna;
• Favorecer o gerenciamento do risco pelo empregado;
• Mudança de atitude / comportamento.
  • Benefícios para a empresa:
• Maior produtividade;
• Menor índice de acidentes de trabalho;
• Menor custo com assistência médica;
• Menor absenteísmo;
• Melhoria do clima de trabalho.