Projeto classifica amianto como resíduo industrial perigoso

Fonte: Câmara dos Deputados 
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Brasília/DF - Tramita na Câmara o Projeto de Lei 176/11, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que classifica o resíduo de amianto ou asbesto como resíduo industrial perigoso. São considerados perigosos os resíduos provenientes de atividade de mineração ou industrialização e também os produtos que contenham restos industriais de amianto ou asbesto.

Segundo o projeto, esses resíduos deverão ser depositados em aterro próprio para resíduos industriais perigosos, com base em classificação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). As empresas que não cumprirem as determinações estarão sujeitas a penas de advertência, multa de 6.304 Ufirs (R$ 6.708) ou interdição.

Mendes Thame lembra que o amianto já é proibido em 36 países e, como matéria-prima, é classificado pela Organização Mundial da Saúde como "reconhecidamente cancerígeno para os seres humanos".

A proposta de Mendes Thame é idêntica ao PL 1619/03, do ex-deputado Edson Duarte, que foi arquivada em 2010.

Na legislatura passada, um grupo de trabalho da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara propôs a eliminação do amianto da cadeia produtiva brasileira. O relatório, no entanto, não chegou a ser votado pela comissão.

Tramitação

O PL 176/11 tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

CUT na luta em Rondônia: trabalhadores de Jirau aprovam acordo e assembleia dá início à campanha salarial

Ainda hoje (11) ministro do Trabalho se reúne com comissão cutista para discutir situação das usinas


Escrito por: Luiz Carvalho, de Rondônia



Toco, presidente do Sticcero, fala aos trabalhadors

Os operários da usina Jirau, em Rondônia, voltaram às atividades na manhã desta segunda-feira (11), após 26 dias da revolta que tomou conta do canteiro de obras, escancarou a precarização imposta pelo consórcio Enersus (Energia Sustentável do Brasil) e culminou com uma determinação do Ministério do Trabalho para suspensão da construção da hidrelétrica. 
Antes de retornarem, porém, cerca de 4 mil trabalhadores participaram de uma assembleia diante de Jirau que referendou a proposta costurada por CUT, Conticom (Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Madeira) e Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia) para resolver problemas emergenciais e abrir um canal de negociação.

O acordo já havia sido aprovado no último dia 4 pelos operários da hidrelétrica Santo Antonio e determinado o fim da greve ao estabelecer os seguintes pontos: 5% de antecipação salarial;

. aumento de R$ 132 no valor da cesta básica;  licença (baixada) de cinco dias a cada três meses trabalhados, com direito a passagem de avião até as capitais, sendo completado o trecho rodoviário quando necessário; avaliação para alteração da empresa que fornece o Big Card, uma espécie de vale alimentação; opção de mais de um plano de saúde, com cobertura nacional, para o trabalhadores escolherem.

Além desses itens, a negociação estabeleceu ainda um abono equivalente a 50 horas do salário para os trabalhadores que permaneceram alojados e para aqueles que realizaram serviços de manutenção no canteiro entre os dias 18 e 31 de março, período em que a usina permaneceu prada por conta dos conflitos no dia 15.


Oito dicas que ajudam a lidar com a pressão e o estresse

Saber lidar com as outras pessoas nem sempre é tarefa fácil

Por Especialistas

No trabalho, com os familiares, na escola, no relacionamento e em qualquer ambiente ou situação que nos coloque em contato com outras pessoas, estamos sujeitos ao surgimento de pressões psicológicas ou situações limite ocasionados por influências externas. É importante a pessoa estar vigilante para perceber se além da pressão externa ela não está acumulando cobranças internas.

Existem pessoas detalhistas, perfeccionistas e que não lidam bem com erros, julgamentos e comentários alheios ou falhas que costumam viver em constante cobrança consigo mesma. Esse hábito resulta em mais cobrança e uma maior carga de estresse e cansaço na vida da pessoa.  
A insegurança pode colaborar na piora da situação, pois leva o indivíduo a se esforçar constantemente em busca da satisfação do outro. Mas é preciso pensar e considerar qual é a importância da aprovação externa em sua vida, para que o desgaste seja diminuído.

Para evitar o estresse e o desgaste que podem surgir em decorrência do excesso de pressão e cobrança, preste atenção nas suas ações e procure incorporar novas atitudes.

Confira abaixo formas de lidar com as situações de pressão: 
1- Cuidado com cobranças excessivas: Fique atento para não se cobrar excessivamente por algo que já está sendo cobrado por terceiros. Diante muita cobrança, você poderá sentir desânimo, falta de força e de estimulo para cumprir o que foi delegado.

2- Evite idealizar soluções: Diante de um problema ou um prazo a ser cumprido, analise de forma concreta e lógica a melhor forma de resolvê-lo e parta para a ação. Ao ficar idealizando soluções você pode "ficar preso" a cobranças e soluções irreais a respeito do que deve ser feito e não conseguir sair da ideia para partir para a ação. 
3- Analise a importância do outro: Existem pessoas que sempre têm atitudes ou palavras que nos desagradam e irritam. Para lidar com elas, pense qual o tamanho da importância que essa pessoa tem na sua vida e se vale a pena gastar o seu tempo e se estressar com o que foi dito. Pense que naquele momento pode haver outras questões mais importantes para esquentar a cabeça do que um comentário maldoso.

4- Adquirir maior segurança: Pessoas inseguras sofrem muito quando pressionadas, pois se questionam o tempo todo se vão dar conta daquilo ou se tem condições de resolver o problema. Se você está em determinada função é porque tem capacidade para tal.  
5- Analise e assuma a sua responsabilidade pelos atos: Diante de um conflito reavalie as suas atitudes e tente perceber se não teve alguma atitude que o desencadeou. Ao perceber a situação converse com as pessoas envolvidas e peça desculpas.

6- Cuide da saúde: procure perceber se o seu corpo está mostrando sinais físicos de cansaço e cobrança, como dor de cabeça, insônia, dor de estomago, irritabilidade, ganho de peso, dificuldade de concentração e etc. Caso você não esteja se sentindo bem, procure primeiramente um médico e depois um psicólogo. 

7- Tenha momentos de relaxamento e prazer: É importante ter momentos que nos proporcionam relaxar e "desligar" um pouco dos acontecimentos para relaxar a mente e o corpo. Outro ponto positivo é que quando nos "afastamos" dos problemas, conseguimos vê-los por outra ótica e encontrar novas soluções.

8- Se respeite: Todos nós temos limites. Ninguém é tão forte a ponto de aguentar tudo e nem tão fraco a ponto de não dar conta de nada. Portanto, se existem situações que estão além do seu limite, reconheça e peça ajuda para as pessoas próximas. 

O aumento da incidência dos desastres naturais

Data: 28/03/2011 / Fonte: O Estadão
Foto: Reprodução Rede Globo

Dentro em breve os estudos sobre a viabilidade econômica de um país talvez não repousem apenas na fórmula clássica: recursos materiais abundantes, recursos humanos qualificados, extensão territorial, etc. Poderão incluir - e há quem já diga, deverão incluir - uma medição da propensão do país a sofrer desastres naturais e da proporção que esses desastres podem assumir na economia estudada.

Mesmo antes do terremoto/maremoto que varreu o Japão, isso já vinha ocupando algum tempo de trabalho entre economistas e planejadores de instituições internacionais.

Atrai a atenção, portanto, no momento em que o mundo acompanha, bastante perplexo, a espantosa tragédia que envolve uma das suas mais desenvolvidas economias, o alerta surgido na publicação Economic Premise, dedicada a estudos sobre a redução da pobreza e à promoção de uma rede mundial de gestão econômica - vinculada ao Banco Mundial, embora "não necessariamente reflita" os pontos de vista do Bird, como ela mesma esclarece.

Na sua edição número 52 a publicação traz um artigo, assinado por Vinod Thomas, cujo título sugere: É tempo de o Fator Desastre Natural ser incluído nos Cenários Macroeconômicos. Thomas é diretor-geral do IEG-Independent Evaluation Group, do Banco Mundial, e sua premissa de trabalho é de que os cenários com que os economistas e gestores trabalham hoje "raramente levam em consideração os resultados da crescente incidência, danos, e custos" dos desastres naturais. Em consequência disso, os governos e as organizações internacionais de ajuda não estabelecem planos, em caráter sistemático, para prevenir, mitigar e reparar os efeitos das violências da natureza.

No entanto, pelos fatos apontados no artigo, mais do que se justifica a exortação nele contida. Recentemente, terremotos de séria magnitude abalaram não só o Japão, mas o Haiti e o Chile, e inundações catastróficas afetaram o Paquistão, a África Ocidental, o Sri Lanka, Brasil e Austrália, tudo num curto período de um ano e meio a dois anos.

A questão central é que, por razões não desvendadas cientificamente, parece estar havendo um incremento da incidência dessas calamidades: "Cerca de 2,6 bilhões de pessoas foram atingidas por catástrofes naturais nos últimos 10 anos, contra 1,6 bilhão na década precedente" - informa o articulista com base em estatísticas do Banco Mundial. Já de acordo com o Fundo Monetário Internacional, os custos dos danos causados por desastres naturais são hoje 15 vezes maiores do que nos anos 50. E, segundo estimativas recentes divulgadas na imprensa, as perdas provocadas pelo terremoto no Japão ascendem a mais de US$ 300 bilhões, algo entre 5% e 6% do PIB do país.

Mas há mais informações, em certa medida já consolidadas. A frequência de inundações e secas - desastres hidrometeorológicos - "aumentou dramaticamente nas últimas duas décadas", diz Thomas, acrescentando que a média de 150 desastres por ano, da década de 80, subiu para 370, no final dos 2000. E a isso se podem acrescentar as recentes perdas de colheitas e gado na Rússia de 2010 para 2011.