80% dos profissionais têm sintomas de depressão

Fonte: InfoMoney
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Um levantamento realizado pela consultoria Rogen Si revelou que quase 80% dos profissionais apresentam sintomas de depressão. O estudo analisou países da África, Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio, América do Norte, América do Sul e Reino Unido.

De acordo com o estudo, 23,2% apresentam cinco ou mais sintomas. Já 10,5%, quatro sintomas; 14,8%, três sintomas; 17,9%, dois sintomas; e 13,2%, um sintoma. Apenas 20,44% dos profissionais disseram que nunca apresentaram nenhum sintoma de depressão.

A Organização Mundial da Saúde considera como sintomas de depressão irritação, problemas para dormir, preocupação, perda de interesse, tristeza, dores de cabeça e cansaço constantes, dor muscular, falta de apetite, remorso, náuseas, se sentir desvalorizado, entre outros.

Muita cobrança
A coordenadora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Veridiana Germano, explica que casos de depressão são comuns em empresas em que os profissionais estão sobre pressão para alcançar metas e objetivos.

"A pessoa tem muitas tarefas ao mesmo tempo. O acúmulo de tarefas e serviços gera estresse", acrescenta.

Por isso, para a especialista, o líder tem papel fundamental neste processo, já que ele deve avaliar se o funcionário não está sobrecarregado e se consegue desempenhar suas tarefas sem que o estresse afete a sua vida.

Três morrem atropelados em uma linha de trem de SP

Fonte: Bom Dia Brasil
Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo/SP - A polícia de São Paulo investiga o atropelamento de trabalhadores que prestavam serviço para Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Três homens morreram andando sobre os trilhos. Eles tinham acabado de fazer testes com novos trens que a empresa está comprando e não perceberam a chegada de uma composição, que é elétrica e quase não faz barulho.

Quatro homens passaram a noite de sábado (26) para domingo (27) testando novos trens espanhóis comprados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Depois do serviço, eles caminhavam sobre a linha quando foram surpreendidos pela chegada de um trem em uma das linhas da companhia. Foi entre as estações Tatuapé e Brás, às 4h25 de domingo.

Morreram na hora o espanhol Jose Julian de Dios Claramunt, funcionário de uma multinacional, e os engenheiros Sergio Eduardo Batista de Oliveira e Marcio Luis Alves de Souza. Outro engenheiro, Cauê Gruber, sobreviveu com ferimentos leves.

"Eles trabalham à noite. É uma situação difícil para as pessoas, elas às vezes estão meio sonolentas, retornando de uma atividade que haviam acabado de fazer e talvez estivessem distraídas ao ponto de não perceberem a composição, que por sinal não fazia barulho. São trens elétricos que não fazem barulho de aproximação", contou o delegado Valdir de Oliveira Rosa.

Depois de passar pelo pronto-socorro e de fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), o único sobrevivente voltou para casa, em São Bernardo do Campo. O engenheiro Cauê Gruber, de 29 anos, machucou o ombro, o joelho e a mão e está em estado de choque. Ao pai, ele contou que ainda tentou salvar um dos colegas.

"Ele sentiu um ruído e uma vibração no trilho, olhou para trás, viu o trem muito próximo e só conseguiu gritar. Ele ainda conseguiu alcançar e colocar a mão em um dos rapazes, ele nem lembra quem foi, e aí veio o trem. Ele feriu a mão, porque o rapaz foi levado junto na colisão", disse Helmut Gruber, pai do sobrevivente.

Em nota, a CPTM afirma que caminhar sobre a via dos trens é proibido e somente funcionários que fazem serviços no leito da ferrovia podem transitar sobre as linhas. Coletes que refletem a luz são obrigatórios. A empresa afirma ainda que vai apurar o descumprimento de normas de segurança.

No inquérito, a polícia vai investigar por que os trabalhadores caminhavam pela via e por que não usavam equipamentos de segurança. Abalado com as mortes, Seu Helmut está aliviado de saber que Cauê se salvou. "Foi um milagre isso que aconteceu, com certeza", disse o pai do sobrevivente.

Artigo sobre Síndrome de Burnout

A SÍNDROME DE BURNOUT COMO UM AGENTE COMPROMETEDOR DA PRODUTIVIDADE

Estresse está entre principais causas de acidentes no trabalho

Fonte: Segs

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O estresse é uma das principais causas de acidentes no ambiente de trabalho e uma das maiores preocupações das equipes de saúde e de segurança profissional, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Sobrecarga, monotonia e desvalorização do profissional estão entre as principais causas. Cerca de 70 % dos brasileiros sofrem com o problema. Segundo a Associação Internacional de Gerenciamento do Estresse (ISMA - da sigla em inglês), com sede nos Estados Unidos, o Brasil só perde para o Japão no número de trabalhadores com estresse. 
"Qualquer desequilíbrio emocional pode diminuir o rendimento de um profissional. Quanto ao estresse não é diferente", comenta o Dr. Marcelo Pustiglione, médico homeopata e professor de Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ele explica que, se não diagnosticado corretamente e tratado a tempo, o estresse pode se converter em doença com muita facilidade. "No campo da saúde ocupacional, ele está entre os riscos psicossociais. É uma adaptação insatisfatória, que causa tensões fisiológicas que podem originar outras doenças".
O Dr. Pustiglione observa que os eventos estressantes são diferentes para cada pessoa. "A resposta a estressores é individual, dependendo da predisposição e da suscetibilidade de cada um. Assim, o que provoca estresse em uma pessoa pode ser um desafio bem-vindo para outra". Para ele, quanto mais for flexível, mais o indivíduo poderá reagir positivamente e manter o controle diante de eventos adversos.

Acidentes de trabalho aumentam 112% em oito anos.

Fonte: Personal Service
Foto: Divulgação Personal Service/Ampla Energia


O Brasil está entre os 10 países com o maior número de vítimas de acidente de trabalho. Dados mais recentes da Previdência Social mostram que, em 2009, foram registrados 723,5 mil acidentes de trabalho no Brasil, sendo que quase 2,5 mil terminaram em mortes. Uma média de quase sete mortes por dia.

De 2008 para 2009, o número de acidentes de trabalho no país diminuiu 5%. Mas o percentual chega a ser irrelevante, se comparado às estatísticas de 2001, quando ocorreram cerca de 340 mil acidentes. A indústria foi responsável pelo maior número de acidentes - o ramo de comércio e reparação de veículos responde pela grande parte deles.

Os gastos do governo com auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias por invalidez chegam a R$ 10,7 bilhões por ano. Por saberem que as despesas com tratamentos, contratação de nova mão de obra e até indenização podem ser muito maiores, muitas empresas adotam uma política de prevenção de acidentes com os funcionários. Alex Rafael dos Santos, gerente de segurança, meio ambiente e saúde da Personal Service, onde esse trabalho é feito de forma bastante criteriosa, observa: "É indispensável fornecer equipamento adequado, informações e fazer um acompanhamento nas instalações para saber se os funcionários estão fazendo uso do material, além de verificar se estão em boa qualidade".

Absenteísmo: 45% das faltas ao trabalho não são justificadas, diz estudo

Fonte: Administradores

As faltas e atrasos dos colaboradores ao local de trabalho, às vezes pontuais e isoladas, podem fazer uma grande diferença. De acordo com um estudo realizado pela Clínica Delphi de Medicina e Segurança do Trabalho, 45% dos casos de ausência de funcionários ao trabalho não têm justificativa.

A pesquisa apontou ainda que os motivos reais comprovados para o absenteísmo, nome dado ao fenômeno de ausência ao serviço, correspondem a 55% do total de casos. Foram pesquisadas 241 empresas no estado do Rio de Janeiro, a maioria no Grande Rio, de maio a setembro deste ano. As principais razões para a falta ao trabalho são doenças e cirurgias relacionadas à coluna vertebral e fraturas ou lesões nos membros inferiores.

Outras patologias responsáveis por afastar trabalhadores do serviço incluem depressão, conjuntivite e tendinite nos membros superiores. As ausências justificadas por doenças e cirurgias podem ser reduzidas através de programas de prevenção realizados para garantir melhor qualidade de vida ao trabalhador. Esse tipo de programa é organizado pela Clínica Delphi em conjunto com a empresa, a partir dos problemas de saúde apresentados pelos funcionários.

Para o engenheiro e perito da Delphi, David Gurevitz, o controle de absenteísmo foca, inicialmente, na redução dos casos desnecessários de falta ao trabalho, reduzindo em 30% as ocorrências nos primeiros 60 dias. O projeto inclui estímulos à ginástica laboral, alimentação saudável e redução de peso. A prática de atividades físicas e campanhas de higiene também afetam diretamente as principais causas de absenteísmo.

Legislação brasileira precisa ser mais rigorosa, dizem analistas sobre vazamento da Chevron

Hanrrikson de Andrade
Do UOL Notícias, no Rio de Janeiro
Rogério Santana/Divulgação
A multa de R$ 50 milhões que será aplicada à empresa Chevron pelo vazamento de óleo no campo do Frade, na bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, é "inócua" e "insuficiente para resolver o problema", afirmam especialistas ouvidos pelo UOL Notícias. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram a Chevron sobre uma mancha de óleo na água.
A multa de R$ 50 milhões anunciada nesta segunda-feira (21) pelo Ibama é o valor máximo previsto para penalidades administrativas aplicadas pelo órgão ambiental. O valor, entretanto, deve ser maior devido a outros fatores que ainda devem ser analisados pelo governo federal, como omissão da empresa e falta de equipamentos para lidar com o vazamento.

De acordo com o oceanógrafo e professor universitário David Zee, nomeado perito pela Polícia Federal para acompanhar o caso, a punição não fará com que as empresas do ramo passem a investir em mecanismos de prevenção.

"Essa multa é inócua. Principalmente porque ela não visa ao objetivo principal, que seria evitar ou minimizar os riscos de futuros vazamentos. Essa multa não atinge o cerne do problema. As empresas vão continuar negligenciando a necessidade de investimento em mecanismos efetivos de prevenção", diz Zee, que é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Continue lendo sobre a Bacia de Campos/ Entenda o vazamento...

Retroescavadeira tomba em obra e mata operário em SP




Fonte: G1 SP
Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo/SP - Uma pessoa morreu em acidente com uma retroescavadeira na Rua Jaraguari, no Jardim Copacabana, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 11h desta quinta-feira (17). Três unidades do Corpo de Bombeiros e o helicóptero Águia da PM foram acionados para ajudar no resgate do ferido. A morte foi constatada ainda no local.

De acordo com o setor de comunicação do helicóptero Águia, a aeronave foi acionada para uma ocorrência de acidente de trabalho. Segundo o Corpo de Bombeiros, a retroescavadeira tombou.

De acordo com a Globo News, no local do acidente funciona um reservatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Quando a retroescavadeira caiu, o homem que estava na máquina tentou sair, mas ela se movimentou e o prensou.

A assessoria de imprensa da Sabesp confirmou que o acidente aconteceu em uma obra de uma estação elevatória da companhia na Rua Jaraguari. A vítima era um funcionário de uma empreiteira contratada para fazer os trabalhos no local. Em nota oficial, a Sabesp lamentou o ocorrido e afirmou "que prestará a assistência necessária e irá apurar as causas e eventuais responsabilidades pelo acidente".


Segundo estudo, professores são principais vítimas de DORT

Fonte: Agência Notisa

A demanda por mais trabalho, mais produtividade, exigência de qualidade e aumento da jornada estão levando cada vez mais pessoas a apresentarem distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Pesquisadores da Bahia, conduzidos pela professora da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME) Daniela Dias, investigaram a prevalência de DORT entre professores. Segundo eles, na profissão de professor, gestos críticos, posturas inadequadas e condições ergonômicas errôneas podem ser fatores predisponentes no desenvolvimento desse problema.

A pesquisa "Prevalência da síndrome do ombro doloroso (SOD) e sua influência na qualidade de vida em professores de uma instituição privada de nível superior na cidade de Lauro de Freitas, Bahia" foi publicada em dezembro de 2010 na Revista Baiana de Saúde Pública. Segundo os autores, a síndrome do ombro doloroso é caracterizada por dor e impotência funcional em graus variados e acomete estruturas responsáveis pela movimentação do ombro. Esta é classificada pelas patologias: síndrome do impacto (SI), tendinites, capsulite adesiva (CAO) e artropatias.

Como explicam no estudo, escrever no quadro-negro por longo período com elevação dos membros superiores acima da cabeça, digitar provas e aulas, corrigir trabalhos e provas, entre outras atividades, levam a um estresse biomecânico no ombro. Isso predispõe a lesões e leva a sensações desagradáveis tanto do ponto de vista físico como mental. "Os profissionais que trabalham com os membros superiores elevados têm um risco 7,9 vezes maior para distúrbios musculoesqueléticos do que aqueles que não trabalham nessa posição", afirmam os pesquisadores no estudo.

Homem de 34 anos perde quatro dedos em guilhotina em SP

Votuporanga/SP - Um operador de guilhotina - utilizada para cortar resmas de papeis - perdeu quatro dedos de uma das mãos em um acidente de trabalho, na última sexta-feira, em Votuporanga. Segundo o boletim de ocorrência, registrado no Primeiro Distrito Policial, a vítima não utilizava nenhum tipo de equipamentos de segurança.

De acordo com o que foi apurado pela Polícia Civil, Wanderlúcio Cândido da Silva, residente no Vale do Sol trabalhava normalmente em uma gráfica, no bairro Jardim Iolanda, quando por volta das 15h40, quando estava cortando papel, teria se descuidado e levado a mão direita na lâmina da guilhotina, vindo a decepar quatro dedos, exceto o polegar. Ainda de acordo com o que foi registrado na ocorrência, ele foi levado ao Pronto Socorro da Santa Casa local, onde recebeu atendimento médico de urgência.

Fonte: Jornal A Cidade de Votuporanga 

Eletrobras é condenada a pagar R$ 2 milhões por acidente de trabalho

Fonte: cidadeverde.com

A Eletrobras Distribuição Piauí foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT 22ª Região) a pagar R$ 1 milhão ao eletricista Erasmo Carlos de Souza, como indenização por danos morais decorrente de acidente de trabalho, que deixou o trabalhador incapacitado, para as funções que desempenhava como terceirizado da empresa.

O TRT condenou ainda a antiga Cepisa ao pagamento de R$ 600 mil por danos estéticos e de R$ 558 mil por danos materiais ao trabalhador. A condenação totaliza, portanto, R$ 2,158 milhões. A decisão foi dada em sessão ordinária do TRT do dia 25 de outubro passado, acatando parcialmente a sentença da juíza substituta, Benedita Guerra Cavalcante, da 2ª Vara do Trabalho de Teresina.

Na decisão inicial, de abril, a juíza condenava a Eletrobras ao pagamento de R$ 1,5 milhão a título de danos morais ao trabalhador. “Trata-se de uma decisão inédita e relevante diante do impacto dos danos sofridos pelo trabalhador no acidente”, observa a juíza, lembrando que a sentença foi reformada em parte, reduzindo-se o valor de R$ 1,5 milhão para R$ 1 milhão. Os valores por danos estéticos (R$ 600 mil) e por damos morais (R$ 558 mil) estipulados pela magistrada, foram mantidos pelo Pleno do TRT.
Leia mais sobre: O Acidente/ Efeito Pedagógico

Força-tarefa resgata trabalhadores escravos e encontra trabalho de menores na Serra gaúcha



Fonte: Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul

Rio Grande do Sul (RS) - Três trabalhadores que realizavam a atividade de corte de pinus - submetidos à condição análoga à de escravo, em razão das condições degradantes de trabalho - foram resgatados no distrito Eletra Blang, na zona rural de São Francisco de Paula (RS). A força-tarefa interinstitucional do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatou graves irregularidades em propriedades rurais localizadas em municípios da Serra gaúcha, durante a inspeção realizada de 8 a 17 de novembro.

A fazenda Chimarrãozinho – onde estavam os trabalhadores resgatados - é de propriedade de empregador rural que mora em São Paulo (SP). O seu procurador assinou, nessa quarta-feira, 16, termo de compromisso de ajuste de conduta (TAC), perante o MPT, representado pelo procurador do Trabalho Roberto Portela Mildner, cooordenador nacional da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat).

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Greve na petrobras será mantida por falta de avanços em SMS

Fonte: Rede Brasil Atual 
A contraproposta da Petrobras, oficializada na segunda-feira (14), foi considerada insuficiente pela direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que está convocando novas assembleias, orientadas para a rejeição. "A proposta contém alguns avanços, mas não contempla o principal", afirmou o coordenador da entidade, João Antônio de Moraes. Com a questão econômica praticamente equacionada (10,71% de reajuste, além de abono), o impasse continua relacionado ao item conhecido como SMS (segurança, meio ambiente e saúde). A partir desta terça (15), serão realizadas novas assembleias nas bases, com indicativo de rejeição da proposta - as primeiras foram feitas pelos sindicatos do Amazonas, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Na próxima terça (22), o Conselho Deliberativo da FUP (formado por federação e sindicatos filiados) voltará a se reunir para avaliar o resultado das assembleias e definir a data da greve.

A FUP se queixa de uma "visão autoritária" da companhia em relação ao tema. Os sindicalistas cobram maior participação dos trabalhadores tanto na investigação dos acidentes como nas medidas de prevenção, via Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Eles afirmam que 310 trabalhadores, incluindo subsidiárias, morreram em unidades da Petrobras desde 1995. Apenas este ano, foram 16, sendo 14 terceirizados.

Continue lendo a matéria: Participação/ Lei de Greve

O que é Equipamento de Proteção Individual - EPI?

De acordo com a Norma Regulamentadora 6, do Ministério do Trabalho e Emprego, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.


Fonte: NR-6 do MTE

No Brasil, ao menos 3 crianças se acidentam por dia no trabalho

Fonte: Correio Braziliense
Foto: Agência Brasil
 
Crianças e adolescentes com as mãos cortadas por facas. Vários deles estampam na pele queimaduras de solda de bijuterias e um grupo chora pela perda de órgãos esmagados por cilindros de padaria. Outros são precocemente diagnosticados com doenças decorrentes de exposição a agentes como poeira e benzeno. Sofrem ainda com lesões por esforço repetitivo, distúrbio osteomuscular (Dort) e até transtorno mental. Esse é mais um lado cruel de uma tragédia que atormenta o país. Pelo menos três menores de até 17 anos se acidentaram por dia trabalhando no Brasil nos últimos dois anos e meio, quase todos na informalidade. Entre 2009 e julho de 2011, no mínimo 37 meninos morreram dando duro. Um deles não tinha 13 anos ainda.

Isso é só uma amostra do que anda acontecendo, pois as estatísticas são precárias. Os dados referentes a acidentes com menores foram coletados pelo Ministério da Saúde a partir de comunicação de hospitais e postos de atendimento. "A subnotificação é elevada. A quantidade de acidentes envolvendo trabalhadores, principalmente os menores, é muito maior do que se tem conhecimento", afirma a médica e especialista em saúde pública Maria Maeno, pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).

Pelo menos 4.190 menores se acidentaram entre 2006 e julho de 2011, a maior parte no estado de São Paulo, entre os quais 21% são meninas. Desse total, 60% (2.487) dos acidentes foram identificados nos últimos dois anos e meio pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), implantado pelo Ministério da Saúde em 2003 para acompanhar a ocorrência de determinadas doenças e acidentes. Na faixa de idade até 13 anos, o Distrito Federal aparece em segundo lugar, com 18 menores acidentados. A partir dos 14 anos, Minas Gerais e Paraná seguem na lista dos estados com mais acidentes.
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Problemas respiratórios afetam trabalhadores da indústria de cal

Fonte: Paraná Online
Fotos: Elvia Castillo
 
A pele rapidamente muda de cor, as roupas são cobertas por uma densa camada de poeira branca. Os olhos e a boca ressecam. O calor produzido pelos fornos que tomam conta do ambiente é intenso. Transforma as grandes salas em saunas. O suor que escorre do rosto vira uma pasta branca. Pequenas lesões por queimadura são comuns em todos que ali trabalham.

O ambiente insalubre, tomado por uma névoa tóxica, é o local de trabalho de milhares de pessoas. Um exército formado por indivíduos mais simples, que se dispõe a um dos trabalhos mais degradantes e condições inaceitáveis.

O equipamento de segurança fornecido pelas empresas responsáveis pelos fornos não é o
mais adequado, tampouco o mais seguro. As normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) são descumpridas em todos os quesitos. Apesar de representantes do setor alegarem que mudanças estão à vista a realidade é outra.

Durante 12 horas o trabalhador responsável por alimentar os gigantes insaciáveis aspira quantidades absurdas de pó. A longo prazo, quem fica exposto neste ambiente pode ser afetado por doenças pulmonares, entre elas enfisema pulmonar.




Continue lendo essa matéria: Assuntos sobre, as mucosas do nariz e da boca/ EPIs inadequados...

Profissionais da saúde, bancários e metalúrgicos sofrem mais

Fonte: Paraná Online

Cada vez mais frequentes, os transtornos mentais referentes ao trabalho atingem profissionais de praticamente todas as áreas. No entanto, três categorias são as mais prejudicadas por doenças psiquiátricas - como depressão, estresse, síndrome de fadiga crônica ou síndrome de Burnout -, segundo a médica psiquiátrica do Hospital de Clínicas (HC), Carmen Schettini. Devido a ambientes hostis, onde há mais pressão e medo de perder o emprego, bancários, metalúrgicos e profissionais da saúde são acometidos mais frequentemente por esses tipos de transtorno.

"Com a globalização, as empresas pressionam muito mais seus funcionários, principalmente com cobranças para que atinjam metas, e isso faz com que as pessoas mais fragilizadas e vulneráveis apresentem sintomas desses transtornos", comenta.

De acordo com Carmen, embora os transtornos possam ser confundidos com outras patologias, a relação com o trabalho é facilmente identificada quando o trabalhador sente muito cansaço em relação às suas atividades profissionais. Carmen diz que "quando o profissional entra em crise só de pensar no trabalho é porque chegou no limite das forças".

Nesses casos, como a maioria das empresas "não quer assumir o problema", é necessário que o próprio trabalhador procure um psiquiatra ou um psicólogo especializado em saúde ocupacional para ser analisado, como sugere Carmen. O advogado trabalhista Valdyr Perrini confirma a orientação da médica e ainda afirma que esta postura do trabalhador pode até mesmo servir como prevenção para problemas futuros.

"Quando o empregado adoece por uma questão referente ao trabalho, ele deve agir de maneira contrária à forma com que normalmente as pessoas agem, com medo de serem marcadas na empresa. Ele deve se tratar e documentar tudo."



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Em PE, homem morre esmagado ao fazer manutenção de ponte

Um funcionário da empresa Simisa Simioni Metalúrgica Ltda morreu esmagado enquanto fazia a manutenção de uma ponte móvel, utilizada para o transporte de equipamentos. A companhia, do setor metalúrgico, fica no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. De acordo com informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros, a ponte teria sido acionada no momento em que a vítima realizava a manutenção do aparelho.

Um boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil vai investigar o caso. O delegado responsável, Rogaciano Campos, informou que um inquérito foi instaurado. "Se houve alguma imprudência ou negligência, o Instituto de Criminalística irá dizer e a gente vai apurar o que aconteceu", afirmou.

De acordo com o diretor de operações da Simisa, Antônio Balau, o funcionário atuava há 19 anos na empresa como mecânico de manutenção. "Nós estamos trabalhando com [a Superintendência Regional do] Ministério do Trabalho para identificar qual foi a causa do acidente e tomar as providências cabíveis", declarou.

O corpo do funcionário está no Instituto Médico-Legal do Recife, aguardando documentos que serão levados por familiares para que a necrópsia seja realizada.

Fonte: G1 PE 

Presidenta regulamenta a Política Nacional de SST

Fonte: Ascom/MPS
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

Brasília/DF - A presidenta da República, Dilma Rousseff, assinou nesta segunda-feira (7), juntamente com os ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e da Saúde, Alexandre Padilha, o decreto que regulamenta a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST).

De acordo com o decreto, publicado nesta terça-feira (8) no Diário Oficial da União, a PNSST tem por objetivos a promoção da saúde, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, a prevenção de acidentes e de danos à saúde relacionados ao trabalho. São princípios dessa política o fortalecimento da universalidade, o diálogo social e a integralidade de ações entre os três ministérios envolvidos.

A PNSST aponta como prioritárias as ações de promoção e proteção sobre as de assistência, reabilitação e reparação. Para alcançar esse objetivo, a política deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de governo, por meio de um comitê executivo no campo das relações de trabalho, previdência e saúde, com a participação das organizações representativas de trabalhadores e empregadores.

Para o diretor do departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, a assinatura do decreto tem um papel fundamental no combate à acidentalidade. "A assinatura do decreto pela presidenta reforça a necessidade de se combater de frente a questão da acidentalidade no país, determinando uma ação integrada entre os ministérios da Previdência, Trabalho e Saúde e fortalecendo o diálogo social com trabalhadores e empregadores", destacou Todeschini.

A formulação e gestão das principais diretrizes da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho deve ser realizada, de acordo com o decreto, pela Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho. A Comissão já realizava desde 2008 esta função através de portarias interministeriais.

Comissão Tripartite


A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho tem como objetivo principal avaliar e propor medidas para implementação, no Brasil, da Convenção nº 187, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da Estrutura de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho entre os diversos países. A Comissão é composta de representantes do governo, das áreas de Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde, de representantes dos trabalhadores e dos empregadores.

Creas fazem mutirão para fiscalizar obras da Copa no país


Fonte: Agência Brasil
Foto: Castelão/CE - Eduardo Barcellos/Fotocontexto
 
Rio de Janeiro/RJ - As obras nos 12 locais que vão sediar jogos da Copa de 2014 estão passando por um verdadeiro mutirão de fiscalização por parte das representações estaduais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). As ações começaram esta semana e vão até o início de novembro.

O presidente interino do Crea-RJ, Clayton Guimarães, explicou que o objetivo é verificar possíveis irregularidades na condução das obras pelas empresas contratadas, referentes à ausência ou ao desvio de função dos profissionais, principalmente engenheiros.

"Todos os Creas do Brasil vão fazer um pool de fiscalização, inclusive com outros órgãos, no sentido de buscarmos garantir a presença de profissionais e empresas devidamente habilitados na execução dessas obras, no projeto e sobretudo na execução. Para que se tenha as garantias das condições de segurança e de conforto."

Guimarães frisou que o objetivo não é fiscalizar irregularidades nas licitações e nos projetos, mas apenas quanto à contratação do pessoal técnico. "A nossa finalidade é verificar o exercício profissional. Se nós identificarmos alguma irregularidade, imediatamente tomaremos nossos procedimentos legais. Caso seja necessário, lançaremos mão do Ministério Público para ações mais efetivas."

Segundo o presidente interino do Crea-RJ, é necessária a presença de engenheiros com formação específica para cada parte da obra. "Empresa que tenha multiplicidade de atribuições, como construção civil, área elétrica e mecânica, precisa ter um profissional especialista em cada área como responsável técnico."

Guimarães sinalizou que, apesar do objetivo principal ser o de fiscalizar a profissão, os engenheiros vão estar atentos a outras irregularidades. "Evidentemente que nós, enquanto cidadãos, observamos tudo com olhar bastante atencioso em relação ao custeio das obras e aos legados para a população no futuro. Para que não fiquemos com uma série de elefantes brancos espalhados após a Copa do Mundo e as Olimpíadas."


Dois menores sofrem acidente de trabalho por dia no Brasil


Pelo menos dois menores de 18 anos, em média, são vítimas de acidentes de trabalho a cada dia no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Por mês, um menor morre em razão desses acidentes, segundo as informações oficiais do governo.

Números do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde obtidos pelo G1 mostram que, entre 2006 e agosto de 2011, 5.353 menores de 18 anos se envolveram em acidentes graves de trabalho. No mesmo período, 58 crianças e adolescentes de até 18 anos morreram durante o trabalho.

Um desses casos aconteceu no fim de agosto, quando um adolescente de 15 anos morreu em Curitiba enquanto trabalhava em uma obra, após ter sido atingido por placas de madeiras.

De acordo com o coordenador-geral de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, Carlos Augusto Vaz de Souza, todos os acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes são classificados como "graves" pelo governo, uma vez que a Constituição proíbe o trabalho insalubre de menores de 18 anos.

"Criança e adolescente não deveria trabalhar e, quando pode, não deveria estar em atividade insalubre", diz Vaz de Souza. Segundo ele, os acidentes de trabalho com menores de 18 anos são considerados uma "preocupação" do governo.

De acordo com o artigo 7º da Constituição é proibido o "trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos".

Segundo o ministério, para menores de 18 anos, qualquer acidente é classificado como grave, mas, entre adultos, acidentes graves são aqueles que resultam em mutilações. Conforme as informações do Sinan, 3.245 maiores de 18 anos morreram no trabalho nos últimos cinco anos e 79.964 sofreram acidentes graves.

As informações do Ministério da Saúde são aquelas verificadas pelos médicos, tanto da rede pública quanto da rede privada, durante o atendimento. Uma determinação de 2004 do Ministério da Saúde obriga os médicos a notificarem os casos graves de acidentes de trabalho.

Isso independe dos registros de acidentes de trabalho controlados pelo Ministério da Previdência, que só se refere aos casos de quem contribui para a Previdência.

Na avaliação de especialistas ouvidos pelo G1, as informações do Ministério da Saúde conseguem levar em conta principalmente as situações de trabalho informal.

"Estamos fazendo um trabalho para ampliar essas notificações, com a qualificação das equipes. Para chegar a um número real dos casos, temos que avançar muito ainda. Mas estamos nos aproximando cada vez mais. Em alguns estados, no entanto, fica claro que há a subnotificação", diz Vaz, do Ministério da Saúde.

Ele comenta, por exemplo, o caso de São Paulo, estado com mais casos de acidentes de trabalho envolvendo menores - 3.660 dos 5.353 (confira os dados de cada estado na tabela ao lado).

"São Paulo, além de ter uma economia mais pujante, tem organização do sistema de saúde do trabalhador. Por isso, notifica mais", afirma Vaz.

Os setores de atividade com maior número de acidentes de trabalho envolvendo menores são, conforme o Ministério da Saúde, a indústria de calçados, o setor privado de serviços alimentícios (cantinas) e o comércio de modo geral.

Vaja mais... OIT/ Segurança no Trabalho e Medidas Judiciais