Oito dicas que ajudam a lidar com a pressão e o estresse

Saber lidar com as outras pessoas nem sempre é tarefa fácil

Por Especialistas

No trabalho, com os familiares, na escola, no relacionamento e em qualquer ambiente ou situação que nos coloque em contato com outras pessoas, estamos sujeitos ao surgimento de pressões psicológicas ou situações limite ocasionados por influências externas. É importante a pessoa estar vigilante para perceber se além da pressão externa ela não está acumulando cobranças internas.

Existem pessoas detalhistas, perfeccionistas e que não lidam bem com erros, julgamentos e comentários alheios ou falhas que costumam viver em constante cobrança consigo mesma. Esse hábito resulta em mais cobrança e uma maior carga de estresse e cansaço na vida da pessoa.  
A insegurança pode colaborar na piora da situação, pois leva o indivíduo a se esforçar constantemente em busca da satisfação do outro. Mas é preciso pensar e considerar qual é a importância da aprovação externa em sua vida, para que o desgaste seja diminuído.

Para evitar o estresse e o desgaste que podem surgir em decorrência do excesso de pressão e cobrança, preste atenção nas suas ações e procure incorporar novas atitudes.

Confira abaixo formas de lidar com as situações de pressão: 
1- Cuidado com cobranças excessivas: Fique atento para não se cobrar excessivamente por algo que já está sendo cobrado por terceiros. Diante muita cobrança, você poderá sentir desânimo, falta de força e de estimulo para cumprir o que foi delegado.

2- Evite idealizar soluções: Diante de um problema ou um prazo a ser cumprido, analise de forma concreta e lógica a melhor forma de resolvê-lo e parta para a ação. Ao ficar idealizando soluções você pode "ficar preso" a cobranças e soluções irreais a respeito do que deve ser feito e não conseguir sair da ideia para partir para a ação. 
3- Analise a importância do outro: Existem pessoas que sempre têm atitudes ou palavras que nos desagradam e irritam. Para lidar com elas, pense qual o tamanho da importância que essa pessoa tem na sua vida e se vale a pena gastar o seu tempo e se estressar com o que foi dito. Pense que naquele momento pode haver outras questões mais importantes para esquentar a cabeça do que um comentário maldoso.

4- Adquirir maior segurança: Pessoas inseguras sofrem muito quando pressionadas, pois se questionam o tempo todo se vão dar conta daquilo ou se tem condições de resolver o problema. Se você está em determinada função é porque tem capacidade para tal.  
5- Analise e assuma a sua responsabilidade pelos atos: Diante de um conflito reavalie as suas atitudes e tente perceber se não teve alguma atitude que o desencadeou. Ao perceber a situação converse com as pessoas envolvidas e peça desculpas.

6- Cuide da saúde: procure perceber se o seu corpo está mostrando sinais físicos de cansaço e cobrança, como dor de cabeça, insônia, dor de estomago, irritabilidade, ganho de peso, dificuldade de concentração e etc. Caso você não esteja se sentindo bem, procure primeiramente um médico e depois um psicólogo. 

7- Tenha momentos de relaxamento e prazer: É importante ter momentos que nos proporcionam relaxar e "desligar" um pouco dos acontecimentos para relaxar a mente e o corpo. Outro ponto positivo é que quando nos "afastamos" dos problemas, conseguimos vê-los por outra ótica e encontrar novas soluções.

8- Se respeite: Todos nós temos limites. Ninguém é tão forte a ponto de aguentar tudo e nem tão fraco a ponto de não dar conta de nada. Portanto, se existem situações que estão além do seu limite, reconheça e peça ajuda para as pessoas próximas. 

O aumento da incidência dos desastres naturais

Data: 28/03/2011 / Fonte: O Estadão
Foto: Reprodução Rede Globo

Dentro em breve os estudos sobre a viabilidade econômica de um país talvez não repousem apenas na fórmula clássica: recursos materiais abundantes, recursos humanos qualificados, extensão territorial, etc. Poderão incluir - e há quem já diga, deverão incluir - uma medição da propensão do país a sofrer desastres naturais e da proporção que esses desastres podem assumir na economia estudada.

Mesmo antes do terremoto/maremoto que varreu o Japão, isso já vinha ocupando algum tempo de trabalho entre economistas e planejadores de instituições internacionais.

Atrai a atenção, portanto, no momento em que o mundo acompanha, bastante perplexo, a espantosa tragédia que envolve uma das suas mais desenvolvidas economias, o alerta surgido na publicação Economic Premise, dedicada a estudos sobre a redução da pobreza e à promoção de uma rede mundial de gestão econômica - vinculada ao Banco Mundial, embora "não necessariamente reflita" os pontos de vista do Bird, como ela mesma esclarece.

Na sua edição número 52 a publicação traz um artigo, assinado por Vinod Thomas, cujo título sugere: É tempo de o Fator Desastre Natural ser incluído nos Cenários Macroeconômicos. Thomas é diretor-geral do IEG-Independent Evaluation Group, do Banco Mundial, e sua premissa de trabalho é de que os cenários com que os economistas e gestores trabalham hoje "raramente levam em consideração os resultados da crescente incidência, danos, e custos" dos desastres naturais. Em consequência disso, os governos e as organizações internacionais de ajuda não estabelecem planos, em caráter sistemático, para prevenir, mitigar e reparar os efeitos das violências da natureza.

No entanto, pelos fatos apontados no artigo, mais do que se justifica a exortação nele contida. Recentemente, terremotos de séria magnitude abalaram não só o Japão, mas o Haiti e o Chile, e inundações catastróficas afetaram o Paquistão, a África Ocidental, o Sri Lanka, Brasil e Austrália, tudo num curto período de um ano e meio a dois anos.

A questão central é que, por razões não desvendadas cientificamente, parece estar havendo um incremento da incidência dessas calamidades: "Cerca de 2,6 bilhões de pessoas foram atingidas por catástrofes naturais nos últimos 10 anos, contra 1,6 bilhão na década precedente" - informa o articulista com base em estatísticas do Banco Mundial. Já de acordo com o Fundo Monetário Internacional, os custos dos danos causados por desastres naturais são hoje 15 vezes maiores do que nos anos 50. E, segundo estimativas recentes divulgadas na imprensa, as perdas provocadas pelo terremoto no Japão ascendem a mais de US$ 300 bilhões, algo entre 5% e 6% do PIB do país.

Mas há mais informações, em certa medida já consolidadas. A frequência de inundações e secas - desastres hidrometeorológicos - "aumentou dramaticamente nas últimas duas décadas", diz Thomas, acrescentando que a média de 150 desastres por ano, da década de 80, subiu para 370, no final dos 2000. E a isso se podem acrescentar as recentes perdas de colheitas e gado na Rússia de 2010 para 2011.

MTE realizou 26 mil fiscalizações na construção civil em 2010


Fonte: Ascom MTE
Foto: Luiz Priori Junior
Brasília/ DF - Em 2010, os Auditores Fiscais do Trabalho (AFTs), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizaram 26.781 ações fiscais no setor de construção civil. As fiscalizações representam 19,75% do total de ações fiscais de segurança e saúde do trabalho desenvolvidas no país no último ano. Entre 2003 e 2010 foram realizadas 208.700 ações no setor, que representa 17,5% do total de ações de segurança e saúde do trabalho em todo país.

Como resultados das ações analisadas em 2010, 153.982 itens de cumprimento obrigatório de segurança e saúde foram regularizados em todo o país. Os itens regularizados são aqueles indicados nas Normas Regulamentadoras - NR de segurança e saúde editadas pelo MTE, de cumprimento obrigatório pelas empresas. Além disso, foram utilizadas, como medidas de prevenção, em situações de grave e iminente risco para o trabalhador, um total de 2.665 embargos e interdições no período.

Também foram lavrados 16.630 autos de infração e realizadas análises técnicas detalhadas em 376 acidentes graves e fatais no último ano. Os resultados dessas análises, além de servirem como diagnóstico e subsídios para a fiscalização, são também disponibilizados para as Procuradorias do INSS como um dos fundamentos para a promoção de ações regressivas, nos casos de caracterização de culpa do empregador.

De acordo com a secretaria de Inspeção do Trabalho, Vera Albuquerque, a indústria da construção é uma das prioridades das ações de inspeção em segurança e saúde no trabalho. "O planejamento da fiscalização prevê projetos específicos para esta atividade nas 27 superintendências. As obras de infraestrutura, como a construção de hidrelétricas e linhas de transmissão, são acompanhadas pelo Grupo Nacional de Fiscalização de Grandes Obras. O planejamento das ações considera o tipo e porte da obra, a fase em que se encontra e o número de trabalhadores envolvidos. A execução da fiscalização conta com o apoio da equipe de auditores da SRTE do estado onde se localiza a obra, que dá continuidade ao acompanhamento e à fiscalização nos intervalos entre as ações do Grupo Nacional", explica.

Para 2011, a programação do Grupo Nacional prevê a continuidade da fiscalização das obras das hidrelétricas, além de ações em linhas de transmissão e nas obras de preparação para receber a Copa do Mundo de 2014. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estoque de trabalhadores com carteira assinada no setor de construção civil em 2010 era de 2,4 milhões.

Para o Ministro Carlos Lupi, o trabalho de fiscalização é fundamental no momento econômico que o Brasil vive. "Estamos em franco crescimento, e precisamos garantir que os empregos continuem surgindo, além de garantir sempre a segurança dos trabalhadores, principalmente na Construção civil", afirmou.

Estados
Os estados com maior número de ações na construção civil foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde foram realizadas cerca de 10 mil fiscalizações em 2010. No total de itens regularizados nas ações fiscais, os três estados também lideram, tendo juntos mais de 55 mil itens regularizados no período.


Trabalhadores em condições precárias na Arena do Grêmio

Fonte: G1
Porto Alegre/RS - Fiscais do Ministério do Trabalho visitaram na tarde do dia 1º de março as obras no local onde será erguida a nova Arena do Grêmio Futebol Clube, no bairro Humaitá, em Porto Alegre. Após constatarem irregularidades, parte do canteiro de obras foi interditada - a "área de vivência", onde estão o alojamento e o refeitório, entre outras instalações.

Segundo a Rádio Gaúcha, as obras foram embargadas. Os funcionários iniciaram uma paralisação no final do dia 24 de fevereiro, quando iniciaram as visitas dos fiscais e sindicalistas.

No local trabalham aproximadamente 350 operários egressos em sua maioria da região Nordeste do país. Eles reivindicam melhores condições de trabalho. Muitos não tiveram a carteira assinada. Nos alojamentos os quartos apresentam más condições.

As obras serão reiniciadas após a realização das melhorias nos locais interditados pelo Ministério do Trabalho. A construtora OAS, responsável pela obra, ainda não se pronunciou sobre o embargo.

Além das melhorias na área de vivência do canteiro de obras, os operários cobram a assinatura das carteiras de trabalho, e reivindicam ainda aumento de 10% nos salários e menor intervalo nas folgas para visitar os familiares no Nordeste.

A Arena está em construção, com inauguração prevista para o final de 2012. O novo estádio do Grêmio foi definido como sede oficial de treinos para a Copa do Mundo de 2014.

Ergonomia eleva qualidade no trabalho

 
Fonte: JCNET 
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom
Disposição, motivação, atitude, criatividade e a busca constante por conhecimento são elementos fundamentais para o bom desempenho no trabalho. E para que o rendimento não caia e leve junto a saúde física e mental do profissional, o ambiente de trabalho deve proporcionar condições ergonômicas favoráveis para que a sensação de dever cumprido no fim do expediente não se transforme em constante sensação de dores nos ombros, costas, braços, dedos, pulsos... Este é um risco para quem passa boa parte do dia em frente ao computador, de modo especial para os que não contam com mobiliário adequado e não têm consciência postural.

Por meio da Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), que regulamenta as exigências ergonômicas no ambiente de trabalho, a legislação garante a saúde, segurança e o bom desempenho do trabalhador. A ergonomia compreende a fisiologia e a psicologia do empregado. As exigências englobam cuidados com o mobiliário, equipamentos e com a organização das atividades. Pausas no trabalho, conforto térmico, luz, ventilação e até a decoração do ambiente também são levados em conta.

"Imagine o quanto é estressante o trabalho de um profissional de telemarketing pelo simples fato de trabalhar com metas. Uma sala com cores fortes estressaria ainda mais esse funcionário. A NR-17 diz que todo empregador deve adequar o ambiente às características psicofisiológicas do empregado, segundo suas atividades", ressalta Fábio Guardiano Magrini, ergonomista e fisioterapeuta do trabalho.

Em Bauru e região, Magrini realiza um trabalho junto às empresas que permitem a adequação desses ambientes através de um levantamento biomecânico de riscos ergonômicos. "Após as etapas da análise, criamos um laudo para gerar soluções para as melhorias. Às vezes, por meio de uma pequena adequação, a empresa e os funcionários ficam livres de problemas relacionados às doenças ocupacionais, como o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT).

Segundo o ergonomista, a disposição dos elementos de uma mesa de escritório, por exemplo, pode causar ou evitar lesões. O telefone colocado do lado contrário de onde está a mão usada para atendê-lo pede que a pessoa cruze o braço sobre seu corpo causando, assim, um pequeno esforço que, a longo ou médio prazo, provavelmente causará uma lesão. "Fiz um teste em certa ocasião e constatei que, em média, um trabalhador com turmo de oito horas diárias chega a passar mais de três delas ao telefone. Por isso, o ideal é que o aparelho esteja na posição correta, ou seja, próximo à mão usada para atendê-lo".

Quem nunca se pegou apoiando o telefone entre o rosto e o ombro enquanto usa as mãos para outra atividade? Tal atitude pode causar uma lesão por encurtamento muscular do pescoço.

AdequaçãoNo caso do uso de computadores, é preciso organizar a disposição física dos equipamentos, ou seja, o espaço que o funcionário tem em sua mesa e que envolve os objetos de trabalho. O ergonomista Fábio Magrini orienta que o monitor, assim como o teclado, seja ajustado de modo que fique alinhado com a visão do usuário. Ao digitar, as mãos devem ficar o menos inclinadas possível.

"Lateralizado, como vejo em muitas empresas onde presto assessoria, a pessoa até ganha mais espaço, porém, os movimentos de inclinação causam desconforto ao fim do dia." O corpo tende a se adaptar ao ambiente, que quando planejado de maneira desordenada, gera muito esforço e pode causar lesões.