Fonte: Blog do Ministério do Trabalho
A engenheira de Segurança do Trabalho, Maria Aparecida Rodrigues
Estrela, disse ao Blog que a ocorrência de acidentes motivados por
choques elétricos nos canteiros de obras em João Pessoa (PB) foi
reduzida à zero desde a implantação do Programa de Redução de Acidentes
Elétricos (PRAE) na cidade.
“Até 2004 a cada dez acidentes na Paraíba, oito eram por choque
elétrico. E quando esse programa foi implementado reduziu-se isso em
100%”, disse Maria Aparecida.
O programa funciona da seguinte maneira: quando a Energisa, a
concessionária local de energia elétrica, vai instalar um medidor de
energia no terreno da futura edificação, ele só é liberado para a
construção mediante a apresentação do projeto elétrico do canteiro de
obras assinado por um engenheiro eletricista.
“Quando a Energisa chega num canteiro, o responsável da empresa pede
para ver o quadro e a execução do projeto elétrico. Três obras que não
tinham esse projeto não receberam a energia para funcionar. A ligação
não foi feita”, lembra a engenheira.
Segundo ela, os acidentes fatais em 2011 no segmento da Construção
Civil aconteceram por queda e esmagamento. Eu trabalho nesse projeto
desde 2004. Nós levamos isso para o Comitê Permanente Regional da
Paraíba e lá essa ideia foi amadurecida.
Para Estrela, o desafio agora é levar essa exigência contida no PRAE
para outros municípios. “Estamos tentando junto aos gestores do governo e
da prefeitura levar esse programa para outros municípios, como os da
grande João Pessoa.
“Na capital paraibana, houve a assinatura de um termo entre a
Energisa, o CREA, o Sinduscon, o sindicado dos trabalhadores e a SRTE e a
partir daí surgiu então essa exigência. Pretendemos que o mesmo
aconteça em outras localidades”, afirmou ao Blog.
Maria
Aparecida, no detalhe à esquerda, observa profissional habilitado
checando instalações em obra em João Pessoa/
Foto de Soraia di Cavalcanti
SRTE/PB
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