Rompimento de tubulação fere cinco operários em Maceió

Fonte: Jornal Nacional 
Foto: Reprodução/TV Globo

Maceió/AL - O rompimento de uma tubulação feriu cinco operários da Braskem em Alagoas no segundo acidente em dois dias.
 
Os operários foram transferidos do pronto-socorro de Maceió para hospitais particulares. Dois tiveram que ser operados e, segundo os médicos, o quadro clínico deles é grave.
 
Os parentes estão perplexos. "Foram buscar meu filho no domingo, quando foi hoje de madrugada, de manhã fiquei sabendo desta notícia", contou o pai de uma vítima Amaro Alexandre Freitas.
 
Segundo a Braskem, os cinco funcionários terceirizados montavam os andaimes que seriam usados nos reparos de uma tubulação da unidade de produção de cloro da petroquímica. Foi quando outro duto se rompeu e os trabalhadores foram arremessados ao chão com violência.O local foi isolado. 
 
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo criticou as medidas tomadas pela Braskem. "A empresa deveria ter purgado todo o sistema, a fim de neutralizar, para que esse evento não viesse a ocorrer, não tivesse outra incidência", afirmou o diretor do Sindipetro de AL, Antônio Freitas.
 
Técnicos do Instituto do Meio Ambiente voltaram a vistoriar a companhia no dia 23. O Ministério Público Federal vai instaurar um inquérito para apurar as causas do acidente
 
"O inquérito civil público também serve para verificar a responsabilidade e servir para embasar uma ação judicial, que, aí sim, buscará responsabilização dos supostos responsáveis", declarou o procurador da República Rodrigo Tenório.
 
Foi o segundo acidente na indústria em menos de 48 horas.
 
Cloro
 A tubulação que se rompeu na madrugada do dia 23 de maio fica a dez metros da outra onde, no fim de semana, ocorreu um vazamento de cloro. 
 
Em poucos minutos, a nuvem tóxica chegou às comunidades no entorno da indústria. Ao todo, 152 pessoas foram hospitalizadas às pressas com sintomas de intoxicação. O pronto-socorro ficou lotado.
 
A Braskem informou que as causas do acidente devem ser conhecidas na semana que vem. Segundo a empresa, não há riscos para a população, porque a unidade está paralisada.

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